miércoles, 24 de julio de 2013

TV NaTelinha: "Eu amo a Record", diz a atriz Bianca Rinaldi.

No ar na minissérie "José do Egito", da Record, e em cartaz com a peça "A Falecida", de Nelson Rodrigues, no Rio, a atriz Bianca Rinaldi concedeu uma entrevista exclusiva para a TV NaTelinha.

O repórter Sandro Nascimento acompanhou o espetáculo e conversou com ela. Bianca falou sobre a peça, onde também trabalha como produtora, e sobre a Record. Após nove anos, ela está deixando a emissora. "A decisão mais difícil que eu estava tomando na minha vida", disse.

Questionada, a atriz se mostrou muito grata ao canal. "Sempre fui feliz, muito bem tratada, respeitada na Record. Tive os melhores papeis lá. Uma casa que me deu a oportunidade de mostrar o meu trabalho", falou.

Ela também explicou porque resolveu deixar a Record: "Chegou num momento que eu queria alcançar novos voos, experimentar novas coisas. E eu achei que o momento era esse. Aí quando fomos conversar, não foi de acordo com a minha proposta e nem com a proposta da emissora. Então eu cheguei à conclusão de não renovar. Foi muito consciente".

E completou: "Amo a Record, sou grata a todos".

Bianca ainda garantiu que não fechou com nenhuma outra emissora, desmentindo recentes boatos que diziam que ela estava praticamente certa na Globo.

Assista a entrevista completa.

domingo, 14 de julio de 2013

Bianca Rinaldi comenta futuro incerto na TV: 'Não fechei com a Globo ou SBT'.

O mês de julho marca uma nova fase na carreira de Bianca Rinaldi que, além de encerrar o contrato com a TV Record, encara o desafio de atuar em uma peça de Nelson Rodrigues. Em conversa com o Purepeople, a atriz afirma que ainda não fechou com outra emissora de televisão e explica que está focada no espetáculo "A Falecida", em cartaz no Rio de Janeiro.
"Meu trabalho atual está no teatro. Fiquei muitos anos na Record e sempre vou ter um carinho grande por todos. O que aconteceu é que não chegamos a um acordo sobre o contrato. Além disso, chega uma hora que a gente precisa de novos desafios. Acontece em qualquer profissão. Eu não abriria mão de uma casa em que trabalhei por dez anos em vão. Senti necessidade de mudar", diz Bianca.
Sobre a possibilidade de atuar na TV Globo em uma novela do autor Aguinaldo Silva, a artista admite que existe, sim, essa chance. "Tenho um carinho enorme pelo Aguinaldo e o admiro demais. É claro que eu aceitaria um convite, seria uma honra, mas por enquanto não aconteceu. Não existe nada fechado com a Globo ou SBT como estão dizendo".
Bianca se emocionou com a estreia de "A Falecida", no teatro Maison de France, no Centro do Rio de Janeiro, na última quinta-feira (11). Ela ressalta que atuar em um texto escrito por Nelson Rodrigues é um sonho realizado.
"Sempre fui fã. O espetáculo traz a essência do Nelson, aquele humor e a leveza dele... A Zulmira é uma personagem intensa e cheia de naturalidade ao mesmo tempo. O cenário é lindo. Não tem como não ficar com um frio na barriga e feliz pelo resultado. Foram dois meses de muita preparação".
Casada com o diretor Eduardo Menga e mãe das gêmeas Sofia e Beatriz, de 4 anos, ela diz que lida bem com a relação trabalho e família. "Eu gostaria de ficar 24 horas com minhas filhas, mas eu não seria feliz sem minha carreira. Eu converso bastante com elas e explico que isso faz parte da rotina. Nas minhas horas de folga o meu tempo é delas", diz.
Em "José do Egito", seu último trabalho na Record, Bianca apareceu careca na TV. Ela não precisou raspar a cabeça para gravar as cenas, já que a transformação aconteceu com o auxílio de uma prótese. A atriz comenta que não teria medo de passar a máquina zero, caso fosse realmente necessário.
"Eu sempre procuro embarcar de verdade na personagem, mas nesse caso não foi preciso cortar. Eram poucas cenas e a própria Record preferiu evitar a mudança".
(Por Camilla Rua)

viernes, 12 de julio de 2013

Bianca Rinaldi e Leon Góes estrelam o clássico rodrigueano.

O universo de Nelson Rodrigues (1912-1980) já é bem conhecido pela família Góes. Os irmãos Moacyr e Leon trabalharam juntos nos espetáculos “Toda Nudez Será Castigada”, “Os Sete Gatinhos” e “Bonitinha, mas Ordinária” – este último também em uma versão para os cinemas. Agora, a dupla encara sua quarta montagem teatral inspirada na obra rodriguena: protagonizada por Bianca Rinaldi, “A Falecida” estreia hoje no Teatro Maison de France, no Rio. Moacyr é responsável pela direção da peça e León faz o par romântico da atriz.

O projeto foi idealizado por Bianca, que também assumiu o cargo de produtora do espetáculo. A própria atriz foi atrás dos direitos e fez a captação dos recursos para a montagem.

– Sempre tive vontade de fazer um texto de Nelson Rodrigues, mas a oportunidade só surgiu agora. Foi o Moacyr, que eu já conhecia de outros trabalhos, quem me sugeriu “A Falecida”. Então o convidei para ser o diretor – lembra a atriz. – Essa é minha primeira produção sozinha, estou nervosa em dobro (risos). Mas é uma montagem muito divertida e leve. Tem aquela dramaticidade pedida pelos textos do Nelson, mas traz uma comédia muito característica também. É impossível não achar graça aquelas situações bizarras e tão fora da normalidade.

Este texto é conhecido como o primeiro das chamadas “tragédias cariocas”, expressão criada pelo crítico Sábato Magaldi para categorizar as obras iniciais de Nelson. Escrita em apenas 26 dias, “A Falecida” teve estreia no dia 8 de junho de 1953, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Com direção de José Maria Monteiro, o espetáculo foi encenado pela Companhia Dramática Nacional.

A peça conta a conhecida história de Zulmira, uma mulher frustrada e sem maiores perspectivas de vida. Invejosa e hipocondríaca, sua única ambição é um enterro luxuoso. O marido, Tuninho, está desempregado e gasta as sobras de sua indenização na sinuca e em apostas de futebol. Ao contrair tuberculose, Zulmira faz um último pedido ao marido: que ele procure Pimentel, o empresário mais poderoso da região, para que ele lhe pague um magnífico enterro. É quando Tuninho faz uma terrível descoberta sobre o passado da mulher.

– Construir esse personagem foi difícil porque ele não é malandro como o Bibelô de “Os Sete Gatinhos” ou louco como Serginho de “Toda Nudez Será Castigada”. Também não é apaixonado como o Edgar ou canalha como o Peixoto, ambos de “Bonitinha, mas Ordinária”. O Tuninho é um cara suburbano, gente boa, tranquilo, com horizontes bem estreitos. Toda sua paixão de vida e perspectiva de felicidade está no Vasco. A personagem da Zulmira é muito mais complexa. Ele não tem muitas questões. Mesmo desempregado, não abandona a cervejinha com os amigos – conta o rubro-negro Leon Goés.

Bianca, que pintou os cabelos louros de preto para viver a personagem, concorda:
– Realmente, a Zulmira é uma alucinada (risos). O mais legal do Nelson é que ele traz a loucura do ser humano à tona, coisas que a gente tenta sempre deixar escondidas. Ela é uma mulher obcecada com a morte. A única coisa que faria sentido na vida medíocre que ela leva é ter uma morte de rainha. E o pior é que é uma obsessão consciente. Ela não precisa ser trancafiada em um hospício, a loucura dela é outra. Não é uma personagem fácil. Passei dois meses me aprofundando e tentando dar meu melhor para ela.

Assinado por Teca Fichinski (vencedora do Prêmio APTR 2013), o cenário do espetáculo é composto por 22 portas de demolição, que preenchem o fundo do palco em dois níveis. Elas abrem e fecham a fim de representar os variados espaços da encenação. No centro do palco, há um praticável com uma rampa, montado em perspectiva como um trapézio. Nas laterais, cadeiras antigas são remanejadas pelo próprio elenco, de acordo com o desenvolvimento da trama. Também de Fichinski, os figurinos se inspiram na estética dos anos 50.

– As pessoas me perguntaram por que eu não usei peruca, mas eu sou o tipo de atriz que veste o personagem. Os figurinos são maravilhosos, trazem uma textura que fica linda no palco. O cenário é magnífico também. Mas é legal ressaltar que cenário e figurino complementam nosso trabalho, mas em primeiro plano vem o texto do Nelson e os atores. Este é um espetáculo no qual o ator comanda tudo – explica Bianca, que estava afastada do teatro adulto deste 2007, quando encenou “Amor de Comédia”.

Os atores Augusto Garcia, Ricardo Damasceno, Sérgio Kauffmann, Daniel Carneiro e Simone Centurione completam o elenco, escolhido por Moacyr. Leon também passou a integrar o projeto por um convite do irmão. Segundo o ator, a convivência entre eles não poderia ser melhor e o excesso de intimidade mais ajuda do que atrapalha.

Bianca Rinaldi se emociona em estreia de peça.

Atriz está no elenco do espetáculo ‘ A falecida’, em cartaz no teatro Maison de France, no Centro do Rio.
Na noite desta quinta-feira, 11, Bianca Rinaldi se emocionou na estreia da peça “A falecida”. A atriz – que ganhou um beijo do marido, Eduardo Menga, após a estreia - está no elenco do espetáculo que está em cartaz no teatro Maison de France, no Centro do Rio. Wagner Montes e Sônia Lima e o ator Gracindo Jr. assistiram à peça escrita por Nelson Rodrigues e com direção de Moacyr Góes.

jueves, 11 de julio de 2013

A Falecida

Estreia hoje, quinta, no Teatro Maison de France, Rio, "A Falecida", espetáculo baseado em texto de Nelson Rodrigues com direção de Moacyr Góes.
No elenco, Bianca Rinaldi, Leon Góes, Simone Centurione, Ricardo Damasceno, Sérgio Kauffman, Daniel Carneiro e Augusto Garcia.

Estreia: dia 11 de julho (5ªf), às 21h
Local: Teatro Maison de France PSA Peugeot Citroen - Av. Presidente Antonio Carlos, 58 - Centro / RJ Tel: 21 2544.2533
Horários: 5ª, 6ª e domingo, às 20h / sábado, às 21h Duração: 80 min
Ingressos: 5ª e 6ª, R$60,00 / sábado e domingo, R$70,00
- bilheteria: 3ª a domingo, a partir das 14h ou www.ingresso.com/ 4003-2330

Classificação etária: 14 anos
Temporada: até 13 de outubro

A Falecida é a primeira entre as chamadas “tragédias cariocas”, categoria criada pelo crítico Sábato Magaldi para organizar a obra de Nelson Rodrigues.

"Nelson foi brilhante na construção dramatúrgica e no olhar sobre o cotidiano, e deu-lhe dimensão épica, mas jamais perdeu o humor e afastou-se da pequenez da vida e da condição humana. O que gosto mais n'A Falecida é o clima de subúrbio.", afirma o diretor Moacyr Goes.

Do crítico de cinema Rodrigo Fonseca sobre “A Falecida”: "O caixão de "A falecida" está com a tampa destampada para o futuro. Ao olharmos dentro dele, enxergamos o abismo civilizatário deste país, onde o subúrbio pode ser, também, um substantivo abstrato, por existir, na alma brasileira, como um sentimento."
Sinopse
A peça conta a história de uma mulher frustrada do subúrbio carioca, a tuberculosa Zulmira (Bianca Rinaldi), que não tem mais expectativas na vida. Pobre e doente, sua única ambição é um enterro luxuoso. Quer se vingar da sociedade abastada e, principalmente, de Glorinha, sua prima e vizinha que não lhe cumprimenta mais. O marido, Tuninho (Leon Góes), está desempregado e torra as sobras de sua indenização na sinuca e nos estádios de futebol. No leito de morte, Zulmira manda o marido procurar o poderoso milionário Pimentel (Ricardo Damasceno), para que este lhe pague um enterro suntuoso, como nunca visto antes. Assim, Tuninho descobre, já viúvo, que a esposa foi amante do milionário. Numa virada do jogo, o marido enganado toma todo o dinheiro de Pimentel e dá a Zulmira um enterro “de cachorro”, gastando a fortuna recém adquirida num jogo do Vasco da Gama, seu time do coração.
A montagem
O cenário de Teca Fichinski é composto por 22 portas de demolição que preenchem o fundo do palco em dois níveis – há cenas em dois andares, e portas se abrem e se fecham representando variados ambientes da peça. Há no centro do palco um praticável com uma rampa, montado em perspectiva, como um trapézio. Nas duas laterais do palco, uma série de cadeiras antigas e diferentes que, enfileiradas, serão remanejadas pelo próprio elenco de acordo com as mudanças de cena. Os figurinos, também de Fichinski, seguem a estética dos anos 1950. O desenho de luz é de Paulo Cesar Medeiros.
As músicas especialmente compostas por Ary Sperling são temas que aludem ora às marchas carnavalescas, ora à música godspell (referências retiradas do texto original de Nelson Rodrigues).
Com a palavra, os personagens
Zulmira
“Eu sou uma podre-diaba! Enquanto a Glorinha vai a um médico bacana, que até piano tem no consultório! Um médico que cobra trezentas pratas a consulta, eu vou, de carona, ao Dr. Borborema, um médico de D. João Charuto, completamente gagá!”

“Por isso eu quero, e não peço nada senão isso, senão um enterro como nunca houve aqui, um enterro que deixe a Glorinha com uma cara deste tamanho, possessa...”

“Lavava as mãos, como se tivesse nojo de mim! Durante toda a lua-de-mel, não fez outra coisa... Então, eu senti que mais cedo ou mais tarde havia de trai-lo.”

"Tudo, menos beijo! Beijo, não! Eu admito tudo em amor. Mas esse negócio de misturar saliva com saliva, não! Não topo! Nunca!"

"A mulher de maiô está nua. Compreendeu? Nua no meio da rua, nua no meio dos homens!"

Tuninho
"Mas como? - perguntei eu à minha mulher – você tem nojo de seu marido? Zulmira rasgou o jogo e disse assim mesmo: 'Tuninho, se você me beijar na boca, eu vomito, Tuninho, vomito!'"

Oromar, amigo de Tuninho
"Estou com uma pena danada do Tuninho... A mulher morre na véspera do Vasco x Fluminense... O enterro é amanhã... Quer dizer que ele não vai poder assistir ao jogo... Isso é o que eu chamo de peso tenebroso!..."

Timbira, funcionário da funerária 
"A solução do Brasil é o jogo do bicho! E, minha palavra de honra, eu, se fosse presidente da República, punha o Anacleto (bicheiro) como ministro da Fazenda."
Ficha Técnica
Texto: Nelson Rodrigues
Direção: Moacyr Góes
Assistente de Direção: Juliana Lago
Elenco / Personagens:
Bianca Rinaldi / Zulmira
Leon Góes / Tuninho
Augusto Garcia / Timbira
Ricardo Damasceno / Oromar, Pimentel
Sérgio Kauffmann / Parceiro 2, Funcionário 1
Daniel Carneiro / Parceiro 1, Funcionário 2, Pai
Simone Centurione / Madame Crisálida, Mãe
Trilha Sonora Original: Ary Sperling
Cenário, Figurino e Adereços: Teca Fichinski
Desenho de Luz: Paulo Cesar Medeiros
Design Gráfico: Mauricio Chahad
Cenotécnico: Adilio Athos
Costureira: Adélia Andrade
Operador de Luz e Som: Rodrigo Bezerra de Melo
Produção Executiva: Juliana Lago e Tatiana Duarte
Marketing Cultural: Jefferson Almeida - Tamires Nascimento
Criação e Produção: Bianca Rinaldi Produções
Assessoria de Imprensa: JSPontes Comunicação - João Pontes e Stella Stephany